Em parceria com Arnaldo Brandão, Cazuza compõe essa música que fazia referência à situação do Brasil na época de 1988. Cazuza também faz referência à sua mortal luta contra a AIDS, o preconceito
vivido principalmente na época em que a Ditadura Militar estava no
comando do governo brasileiro, fazendo duras represálias contra os
artistas que criticavam o regime:
Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
Considerada como a década perdida, os anos 1980 foi caracterizado pela
grave crise econômica, alta inflação, desemprego, crise política com a
desilusão da transigência do governo militar para a democracia ,
corrupção e falta de perspectiva de um futuro melhor para o Brasil:
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para
Não para, não, não para
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para
Infelizmente, podemos concluir que a letra ainda continua atual em pleno ano de 2014. Frequentemente nos deparamos com esquemas de corrupção nas esferas do governo, a inflação que assola o governo da Dilma Rousseff, desilusão política, hipocrisia contra os homossexuais e a falta de perspectiva de melhora nos serviços mais essenciais e básicos - como sempre - educação, saúde e segurança:
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