Apartamento ou Casa?


Não se tem a exata precisão de quando foi construído o primeiro prédio da história, porém sabe-se que desde as primeiras civilizações são realizadas grandes construções, alguma delas de pé até os dias de hoje. Um conjunto destes feitos que atualmente continua despertando o interesse dos engenheiros, historiadores, cientistas e as pessoas em geral, são as famosas Pirâmides do Egito. Ninguém sabe como foram construídas e nem como as grandes e pesadas pedras puderam ser transportadas até elas. Com a tecnologia atual estas mesmas construções são consideradas impossíveis.


O grande crescimento e expansão do setor imobiliário são as moradias prediais, os prédios. Presente nas grandes concentrações urbanas do mundo, eles podem abrigar tanto o rico quanto o pobre - com a distinção do prédio, é claro. Antes eles eram grandes, bem grandes, espaçosos e cheios de quartos, com o passar dos anos foram se transformando para um tamanho cada vez menor. Uma vez eu li em um jornal que entrevistava um funcionário da Patrimóvel (imobiliária) e o mesmo disse que isso é devido a procura pelos preços, pois antes as pessoas ricas era a classe que se interessava por residir em apartamentos, agora a maior procura é da classe média. Todos querem morar mais perto do trabalho e próximo à zona sul; as casas tornaram-se mais presentes na zona norte, onde existe o maior índice de violência. Se pararmos para pensar a alegação dos preços para as diminuições dos prédios está agregado à falta de espaço e de infra-estrutura das cidades, assim no que nos anos 1960 um prédio de 15 andares abrigava 30 apartamentos (dois por andar), hoje um do mesmo tamanho abriga até mais de 100 apartamentos.


Apesar de ter garagem, playground, localização com status ou seja lá o que o bairro tenha que ter para ser denominado bom para se viver, estar confinado em um apartamento pequeno significa ter qualidade de vida? Uma pessoa que antes morava em casa e mudou-se para um apartamento está gostando?

Lugares fechados aumentam a falta de liberdade e privacidade, então uma família com filhos terá muito mais atritos e brigas. Em uma casa, por exemplo, alguém pode se isolar na sala ou na cozinha sem ser incomodado e depois de um tempo o atrito passa, mas em um apartamento os cômodos são muito próximos; a sala é interligada com a cozinha, onde nesta não há nem espaço para uma mesa, pois o espaço para o fogão e geladeira é pequeno. Os quartos são lado a lado e de frente para o outro. Crianças precisam de espaço para brincar, então ficarão mais agitadas e a família terá a necessidade de nos finais de semana saírem para um lugar aberto ou grande, como a casa de parentes ou amigos. Pessoas com tendência à depressão e solidão poderão ficar ainda mais depressivas e solitárias, ainda mais se no prédio não tiver um playground ou piscina. A convivência entre os vizinhos é menor; ouvem-se as discussões um dos outros e isso pode fazer com que vizinhos fiquem com vergonha dos que moram um ao lado do outro, gerando um distanciamento.

Já em uma casa, as pessoas podem ter um quintal, o que proporciona o aumento do ambiente residencial e a pessoa pode ver a luz do sol e a chuva quando quiser; em um prédio sem play, somente através da janela. Você poderá pintar a fachada da sua residência ao seu gosto, poderá fazer as obras da forma como bem entender e no seu ritmo. Poderá receber muito mais pessoas, independente da hora. E se você e os seus vizinhos tiverem um bom relacionamento, poderá dar uma grande festa por uns três dias seguidos que nem será incomodado, isso quando eles mesmos não se oferecerem para participar. 

A qualidade de vida está no espaço do lugar onde se vive, nas coisas boas e nas preferências de cada um; na relação social entre as pessoas da mesma família e que residem próximas uma das outras. Os prédios estão sendo construídos com a mesma rapidez da procura, assim como as crianças agitadas e frustradas por não terem para onde correr, onde brincar ou até mesmo com quem brincar. As pessoas tristes e suicidas estão concentradas nos lugares de predominância predial. Você pode estar junto de alguém por metros, mas longe o bastante para não saber nem o nome dela. Nos Estados Unidos e nos vários países de primeiro mundo, os lugares distantes dos centros urbanos são mais valorizados que os próximos, o que no Brasil, na grande maioria dos casos, é ao contrário. Acordar um pouco mais tarde para ir trabalhar ou estar próximo da praia frequentada no máximo duas vezes ao ano ou até mesmo em um lugar considerado bom e consequentemente mais caro, talvez não seja melhor do que aquela casa onde mesmo acordando mais cedo, será mais feliz. 

Leve em conta as taxas de um condomínio, que giram em torno de 200 a 5.000 reais dependendo do bairro e do tamanho dos apartamentos. Mesmo com os 200 reais ao mês, será gasto 2.400 ao ano. O que faz com que em pouco tempo tenha gasto o dinheiro que seria suficiente para fazer uma boa obra, colocando até uma piscina no quintal ou comprado outra casa. Cada caso é um caso e cada família é uma família. Independente de ser em apartamento ou casa, leve em consideração o lugar onde você e a sua família possam viver melhor.

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6 comentários:

  1. Quer coisa melhor?
    Seja casa ou apartamento... o importante é a felicidade que nele reside.
    Contudo eu prefiro casa, pra família; mas pra morar sozinho, um apartamento é melhor.

    Bela postagem.. Nunca pensei em postar algo do tipo. Gostei da sua criatividade.

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  2. Naty Araújo, você é sempre simpática e eu adoro receber a sua visita e os seus comentários. É muito bom ter o seu carinho e os seus elogios. Também gosto da sua criatividade e admiro muito as suas postagens.

    Um grande abraço e um beijo pra ti.

    Fique com Deus e tudo de bom.

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  3. Dr. Leão da Montanha...

    Olha isso: "Esse privilégio de sentir-se em casa em qualquer lugar pertence apenas aos reis, às prostitutas e aos ladrões". (Honoré de Balzac)

    ahahahahaha

    A casa da gente, seja apartamento ou casa mesmo é o melhor lugar do mundo.

    Beijinho!

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  4. Ahh eu que agradeço pelo seu carinho.Adoro vir te ler.. Sempre com um tema diferente e abrangente.Gosto dessas coisas.
    Beijo e outro abraço pra ti.
    Fique com Ele vc tbm

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  5. Olha, concordo com quase tudo que vc falou, menos quanto essa questão dos vizinhos de quem mora em casa atualmente no Brasil. Moro em casa, mas o meu relacionamento com o meu vizinho só para dar as horas. Cada um tem seu muro alto, com medo da violência. Meus filhos acabam ficando isolados, pois a vizinhança não é mais como antigamente, quando brincávamos nas ruas. No que tange à socialização dos garotos, acredito que seria melhor eu vender a casa (reformada e espaçosa) e morar num apartamento com uma boa área de lazer. Tudo pela socialização das crianças.

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  6. Olá, Anônimo, o seu caso é típico de um bairro de classe média alta e mesmo com muros altos, tente se aproximar. Bate na porta dos vizinhos que têm filhos com a mesma idade que os seus e apresente-os. Diga que quer uma aproximação. No aniversário deles, faça questão de chamar os seus vizinhos.

    Muitas vezes, não depende nem se é apartamento ou casa, mas da vizinhança em si. Depois de um considerável tempo, ver que não houve aproximação, cogite a ideia de se mudar para um apartamento. Mas não antes de tentar.


    Obrigado pelo seu comentário e qualquer coisa, pode escrever que eu terei a imensa satisfação de ler.

    Abraços e fique com Deus

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